Educação, Cultura e Contextualidade


A perspectiva da Educação Contextualizada deve buscar o sentido de suas ações nas relações singulares onde os grupos humanos produzem diariamente suas condições de existência e de aprendizagem, cruzadas pelos matizes de nossa contemporaneidade. Assim sendo, o PPGESA elege como área de concentração Educação, Cultura e Contextualidade, por entender que a cultura de um povo participa dos modos de aprendizagem, sendo ela mesma, em muitos casos, sua forma e matéria. Centra-se na opção de que os saberes são plurais e a validade desses saberes é determinada por critérios políticos e ideológicos de quem detém o poder para tal. A educação baseada nos princípios da contextualização é, pois, um modo de educação pós-colonial; um tipo de esforço educativo que propõe um rompimento com as narrativas modernas sobre os modos de conhecer pela universalidade, imparcialidade e neutralidade. Ao contrário, o PPGESA toma os semiáridos, enquanto realidades complexas e multidimensionais – com natureza específica, com história, sociedade, cultura, economia, territorialidades, contradições, opressões, lutas etc. – como base de sua problematização permanente, a partir de sua área de concentração, tendo como paradigma principal a convivência com o semiárido, na qual se assenta a intencionalidade de conhecimento, aprofundamento, anunciação e reinvenção dos modos de vida, da relação com a natureza, com a cultura, com a economia e com os variados modos de produção e invenção da vida.

Linhas de Pesquisa

Nesta perspectiva, e para dar conta da variedade de temas que podem ser desdobrados do trinômio Educação, Cultura e Contextualidade, o conjunto das pesquisas e a recepção de alunos no Programa se distribui entre 3 linhas, sendo elas a Linha 1: Educação Contextualizada para a Convivência com o Semiárido; a Linha 2: Educação, Comunicação e Interculturalidade; e a Linha 3: Campo Educacional, Cultura Escolar e Currículo.